Metodologia
Para o desenvolvimento do monitoramento atual (identificação de mudanças na cobertura vegetal
nativa referente aos períodos até 2002 e entre 2002 e 2008) foram utilizadas imagens dos satélites Landsat e CBERS, disponiveis
gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.
O mapa dos remanescentes da cobertura vegetal Brasileira do PROBIO/MMA foi
considerado como "mapa de tempo zero" para início do monitoramento. Tal mapa refere-se ao periodo até 2002. As imagens de satélite
utilizadas na sua geração (PROBIO) foram empregadas como informação pretérita para identificação das
mudanças na cobertura vegetal.
Desse modo, as áreas identificadas no mapa do PROBIO como "antrópicas" foram mascaradas (polígonos em preto nas figuras que seguem) e
não foram consideradas na análise realizada pelos técnicos de interpretação. Estes buscaram a identificação de
possíveis desmatamentos no interior das áreas com vegetação nativa.
imagem 2008 - polígonos CSR | imagem 2002 - verificar períodos |
O procedimento de identificação dos polígonos de áreas desflorestadas teve como
escala base de trabalho a escala 1:50.000 e área mínima de detecção do desmatamento de 2 ha,
estando os respectivos resultados separados/disponibilizados conforme articulação 1:250.000 das
folhas cartográficas do IBGE em sistema de referência geográfica (datum SAD69).
As análises foram executadas por meio do "software" ESRI ArcGIS a partir da
detecção visual e digitalização manual das feições de desmatamento encontradas nas áreas dos
polígonos de remanescentes supracitados. Tais desmatamentos foram classificados
como áreas antropizadas, sem tipologias.
Quanto à definição de áreas antropizadas, não foram consideradas as cicatrizes
características de ocorrências de queimadas, bem como as áreas modificadas ou em processo
regenerativo. Desta forma, os comportamentos espectrais utilizados como parâmetros para
definição de áreas efetivamente antropizadas levaram em consideração, principalmente, as
necessidades de monitoramento e controle do desmatamento ilegal por parte do Ibama.
A cada alvo de desflorestamento identificado e digitalizado, foram atribuídas
informações relevantes de interesse do MMA e Ibama. Ademais, tendo em vista a disponibilização
de tais alvos/polígonos ao público em geral, foram produzidos conjunto de dados contendo os
seguintes atributos para tanto: período do desmatamento ("até 2002" ou "2002-2008"); fonte do dado
(PROBIO/MMA ou CSR-Ibama/MMA); área em hectares; o Bioma; o município; a UF e a carta 1:250.000 em que se encontra.
Finalmente, de modo a se resgatar os dados omitidos pelo Probio, em virtude da escala final 1:250.000 determinada
para aquele Projeto, ficou sob responsabilidade do CSR/Ibama identificar, também,
os desmatamentos ocorridos em 2002 dentro da referida área útil de trabalho supramencionada, todavia,
caso o desmatamento fosse encontrado, exclusivamente, na imagem de 2008. Assim sendo, as áreas que estavam desmatadas em 2002 e que se
encontravam com cobertura vegetal secundária em 2008 não foram delineadas pelos técnicos de interpretação.